- 01/01/2024 16:12
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Kaíque Martins Coelho, 30 anos, conhecido como Nego Zulu, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Guarujá, Baixada Santista, tinha reputação de ser impiedoso na área, onde praticava atos violentos contra visitantes durante roubos, exibindo-se em vídeos e fotos portando um fuzil.
O assaltante teve um revés na madrugada do último sábado (30) ao invadir, junto com um comparsa, uma residência no Balneário Praia Pernambuco, no Guarujá. Após recolher dinheiro, celulares e dispositivos eletrônicos, a dupla tentou levar uma das vítimas como refém para realizar uma transferência via Pix.
Na casa alugada estavam três homens, duas mulheres e quatro crianças. Os turistas reagiram, confrontando os ladrões. Nego Zulu, munido de um revólver calibre 38, efetuou três disparos, atingindo a perna de um homem de 36 anos.
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Mesmo ferido, o homem e os outros dois colegas enfrentaram Nego Zulu. De acordo com a Polícia Civil, o criminoso recebeu várias pauladas e continuou a ser agredido até à beira da piscina, onde caiu, batendo a cabeça no registro de água e faleceu.
Uma das mulheres da casa saiu alarmada com o carro e avistou uma viatura da Guarda Municipal. A Polícia Militar também foi acionada. Os agentes chegaram à residência e encontraram o líder do PCC no Guarujá sem vida. O comparsa do assaltante fugiu, mas já foi identificado e está sendo procurado.
Conforme o delegado Wagner Camargo, o caso foi registrado como roubo, extorsão e tentativa de homicídio. Na perspectiva da Polícia Civil e do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), as vítimas agiram em legítima defesa.
Camargo explicou que Nego Zulu era extremamente violento e apreciava agir com crueldade, mesmo quando as vítimas não resistiam. O assaltante disparou três vezes durante o roubo à residência com a intenção de matar. Por sorte, dois disparos não atingiram ninguém.
Delitos contra o patrimônio
A reputação violenta de Nego Zulu remonta a setembro de 2014, quando foi acusado de assassinar a tiros e enterrar em uma vala o investigador da Polícia Civil Marcello Lepiscopo, 38 anos. O crime ocorreu na Vila Baiana, no Guarujá. Zulu foi detido, mas acabou libertado.
No mesmo bairro da Vila Baiana, ele e outros comparsas exibiram armas de fogo, pistolas e um fuzil, desafiando a Polícia Militar. Os criminosos registraram a ação em vídeo, que teve repercussão na mídia e nas redes sociais.
Nego Zulu também tinha o costume de compartilhar imagens portando um fuzil. O delegado Wagner Camargo afirmou, em entrevista à imprensa, que o criminoso, apesar de ser um dos líderes do PCC na região, preferia cometer delitos contra o patrimônio para praticar violência contra as vítimas.
Não foi possível contatar os advogados de Kaíque Martins Coelho para comentar sobre o caso. O espaço permanece disponível para manifestações.
Redação AM POST
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