21-03-2024
A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD) emitiu uma nota de repúdio nesta quarta-feira (20/3) contra Fernanda Bande, participante do “Big Brother Brasil 24” (BBB 24), pela sua fala considerada discriminatória. No programa exibido na noite de segunda-feira (18/3) pela Rede Globo, Fernanda fez um comentário que associava Beatriz Reis a alguém “dodói”, sugerindo que “estava faltando cromossomo ali”. A FBASD denunciou tal declaração como capacitista e extremamente prejudicial.
No comunicado oficial, intitulado “Fernanda, o cromossomo não deixa a pessoa ‘dodói'”, a FBASD expressou veementemente sua reprovação às declarações preconceituosas proferidas pela participante do programa. “Por meio desta nota, expressamos veemente nosso repúdio as falas capacitistas e discriminatórias proferidas pela participante do reality show Big Brother Brasil 2024, Fernanda Bande, em relação às pessoas que têm alteração cromossômica”, declara o texto.
A entidade ainda destacou a ironia do momento em que o comentário foi feito, pois coincidiu com a semana de comemoração do Dia Nacional e Internacional da Síndrome de Down. “É lamentável, que em plena semana na qual se comemora o Dia Nacional e Internacional da Síndrome de Down, dia 21 de março, cujo propósito é trazer esclarecimentos e informações acerca dessa condição genética e eliminar o preconceito ainda existente na sociedade, que um programa repercutido nacionalmente propague esse tipo de conteúdo”, ressalta a nota.
Além disso, a FBASD enfatizou que declarações como essa alimentam o preconceito contra pessoas com deficiência, enfraquecendo os esforços de inclusão e respeito. Um aspecto especialmente relevante é o fato de Fernanda Bande ser mãe de uma criança com autismo, o que, segundo a federação, deveria aumentar sua sensibilidade para questões relacionadas à inclusão e diversidade. No entanto, a participante pareceu negligenciar tais valores em sua fala controversa.
A repercussão do episódio nas redes sociais foi imediata, com muitos internautas expressando indignação e exigindo uma retratação por parte de Fernanda e da produção do programa. A discussão sobre o papel da mídia na perpetuação de estereótipos e preconceitos também foi reacendida, levando a uma reflexão mais ampla sobre a responsabilidade dos meios de comunicação em promover uma representação mais inclusiva e respeitosa das minorias.
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