- 02/10/2023 15:01
- Quatro minutos de leitura
- Por michael
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saúde da mulher- A hipertensão é uma condição que afeta a pressão arterial, fazendo com que ela fique acima dos valores normais. A menopausa é a fase da vida da mulher em que ocorre o fim da menstruação e da fertilidade, devido à diminuição dos hormônios sexuais femininos. Esses dois fenômenos estão relacionados, pois a menopausa pode aumentar o risco de hipertensão em algumas mulheres. Neste artigo, vamos explicar como isso acontece e quais são as formas de prevenir e tratar a hipertensão na menopausa.
O que é pressão arterial
A pressão arterial é a força que o sangue exerce sobre as paredes das artérias, que são os vasos que levam o sangue do coração para o resto do corpo. A pressão arterial normal é de 120/80 mmHg, sendo que o primeiro valor corresponde à pressão sistólica (quando o coração se contrai) e o segundo à pressão diastólica (quando o coração relaxa). Quando a pressão arterial está acima de 140/90 mmHg, diz-se que há hipertensão, que pode causar danos aos órgãos vitais, como o coração, os rins e o cérebro.
O que é menopausa
A menopausa é definida como a ausência de menstruação por 12 meses consecutivos, sem outra causa aparente. Isso ocorre porque os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona, que regulam o ciclo menstrual e a ovulação. A menopausa costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos de idade, mas pode variar de mulher para mulher. A menopausa traz uma série de mudanças físicas e emocionais, como ondas de calor, secura vaginal, alterações de humor, insônia, diminuição da libido e osteoporose.
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A relação
A relação entre a menopausa e a hipertensão se deve principalmente à queda dos níveis de estrogênio no organismo feminino. O estrogênio tem um efeito protetor sobre os vasos sanguíneos, pois ajuda a mantê-los elásticos e relaxados, facilitando a passagem do sangue. Além disso, o estrogênio também interfere no metabolismo do sal e da água, evitando a retenção de líquidos e o aumento da pressão arterial.
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Com a menopausa, a falta de estrogênio favorece o endurecimento e o estreitamento das artérias, dificultando o fluxo sanguíneo e elevando a pressão arterial. Outros fatores que podem contribuir para a hipertensão na menopausa são: o ganho de peso, o estresse, o sedentarismo, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e sal, a predisposição genética e algumas doenças associadas, como diabetes, colesterol alto e problemas renais.
A hipertensão na menopausa pode ser assintomática ou causar sintomas como dor de cabeça, tontura, palpitações, cansaço, visão turva e sangramento nasal. Se não for tratada adequadamente, a hipertensão pode levar a complicações graves, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, insuficiência renal e demência.
Adoção de hábitos saudáveis
A hipertensão é uma doença silenciosa que pode afetar as mulheres na menopausa. Por isso, é importante fazer um acompanhamento médico regular e medir a pressão arterial periodicamente. Além disso, é fundamental adotar hábitos saudáveis que ajudem a prevenir e controlar a hipertensão na menopausa, como:
– Manter um peso adequado;
– Praticar atividades físicas regularmente;
– Evitar o fumo e o álcool;
– Reduzir o consumo de sal e alimentos processados;
– Aumentar o consumo de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e peixes;
– Beber bastante água;
– Controlar o estresse;
– Dormir bem;
– Usar medicamentos anti-hipertensivos conforme prescrição médica;
– Considerar a terapia de reposição hormonal, se indicada pelo médico.
A hipertensão na menopausa pode ser prevenida e tratada com medidas simples e eficazes. Assim, as mulheres podem viver essa fase da vida com mais saúde, qualidade de vida e bem-estar.
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