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Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024

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Líder do MST afirma que invasões de terra vão aumentar neste ano

Durante o governo Bolsonaro, as invasões de terras diminuíram significativamente devido à facilitação da defesa dos proprietários rurais.

Líder do MST afirma que invasões de terra vão aumentar neste ano
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  • 22/01/2024 às 10:15

  • Atualizado em 22/01/2024 às 09:26

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  • O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) projeta intensificar o número de invasões de terras no decorrer de 2024, conforme anunciado pelo líder do grupo, João Pedro Stedile, em entrevista à Folha de S.Paulo. Stedile justificou a previsão afirmando que as “dificuldades” enfrentadas pelos sem-terra impulsionarão o aumento das invasões, salientando que a ausência de ações governamentais diante da crise capitalista contribuirá para um cenário de maior agitação social.

    “Se o governo não toma a iniciativa, a crise capitalista continua se aprofundando. O ser humano não é igual ao sapo, que o boi pisa, e ele morre sem dizer nada. Vai haver muito mais luta social”, declarou Stedile. No último ano, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o MST registrou 71 invasões, ultrapassando os números dos quatro anos anteriores ao governo de Jair Bolsonaro, que totalizaram 62 invasões.

    Apesar de ser um aliado histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), João Pedro Stedile ressaltou que 2023 foi o pior ano em termos de assentamentos de famílias nos últimos 40 anos. Em entrevistas anteriores, o líder do MST expressou descontentamento, chegando a afirmar que o movimento havia se iludido com as promessas do ex-presidente Lula, em 2007, sobre a reforma agrária.

    Durante o governo Bolsonaro, as invasões de terras diminuíram significativamente devido à facilitação da defesa dos proprietários rurais. Nesse período, o MST redirecionou seus esforços para a comercialização de produtos relacionados ao movimento, como bonés e camisetas, em lojas físicas denominadas “Armazém do Campo”.

    Contudo, Stedile enfatiza a necessidade de retomar a estratégia de invasões de terras, argumentando que a pressão constante sobre os governantes é crucial. “Não há, na história da reforma agrária do mundo, nenhum processo de correção das distorções fundiárias sem que a população se mobilize. Em nenhum país do mundo o governo resolveu: ‘Ah, onde é que tem sem-terra? Vou dar terra para vocês'”, concluiu o líder do MST em entrevista à Folha.

     
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