23-01-2024
A delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa trouxe novos desdobramentos para o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Segundo informações, Lessa apontou Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), como o suposto mandante do crime. Ronnie Lessa é apontado como autor dos disparos que vitimaram Marielle e Anderson.
A informação, inicialmente divulgada pelo The Intercept e depois pelo ICL Notícias, revela que o possível mandante do crime teria foro privilegiado, o que levou o inquérito a subir da Justiça do Rio de Janeiro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em outubro do ano passado. A delação premiada ainda precisa ser homologada pelo STJ, e o caso está sob responsabilidade do ministro Raul Araújo.
O conselheiro Domingos Brazão, detentor de foro privilegiado, é apontado como parte fundamental na trama que resultou no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. A delação, que ainda aguarda análise e confirmação pelos agentes federais do Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise), também implica Élcio de Queiroz, ex-policial e motorista do veículo utilizado na emboscada contra a vereadora.
Élcio de Queiroz já havia confessado seu envolvimento no crime durante sua delação premiada. Na ocasião, ele mencionou a participação de Domingos Brazão na trama criminosa. O conselheiro já foi alvo de investigação da Polícia Federal, que não encontrou evidências concretas contra ele no caso Marielle.
Ronnie Lessa, preso desde 2019 e expulso da Polícia Militar em fevereiro de 2023, teve sua delação encaminhada ao STJ para análise e confirmação dos detalhes pelos investigadores do Gise. O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes ocorreu em 14 de março de 2018, quando o veículo em que estavam foi alvo de disparos, resultando na morte da vereadora e de seu motorista.
Comentários: