03-11-2025
Nos últimos dois meses, a Venezuela, sob o chavismo há mais de 25 anos, tem enfrentado um assédio militar inédito dos Estados Unidos. Sob o pretexto de combate ao narcotráfico, o governo de Donald Trump buscaria, segundo a imprensa americana, promover uma mudança de regime. Diferente da tentativa anterior via sanções e apoio a Juan Guaidó, Trump estaria disposto a autorizar ataques diretos a instalações militares venezuelanas — algo que ele negou oficialmente. Apesar da tensão, fontes chavistas indicam que Nicolás Maduro não descarta negociações, mas com condições que preservem o poder político e militar do movimento.
Condições do chavismo para negociação
Para Maduro e seus aliados, a sobrevivência política e econômica é prioridade. Isso inclui manutenção de participação majoritária em contratos de petróleo e controle absoluto sobre a Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb). O chavismo busca um soft landing, ou seja, uma saída do poder que garanta imunidade e continuidade de influência, evitando prisões ou exílio forçado.
Estratégias e coesão interna
Mesmo sob forte pressão, o chavismo mantém coesão. Fontes consultadas pelo jornal ‘O Globo’ destacam que a maioria dos venezuelanos deseja a saída de Maduro, mas sem intervenção militar externa. O ex-sindicalista Maduro é considerado um negociador experiente e avalia alternativas de médio prazo, como antecipação de eleições ou referendo, desde que o chavismo preserve participação política.
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