02-08-2025
Após ser alvo de sanção imposta pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tentou articular uma carta conjunta em sua defesa, com a assinatura de todos os ministros da Corte. A proposta foi feita na última quarta-feira (30), mas não houve consenso.
Segundo o site Poder360, mais da metade dos 11 ministros considerou inadequado que o STF contestasse formalmente uma decisão de outro país. A resistência à iniciativa frustrou Moraes, que buscava uma demonstração pública de solidariedade.
Com a falta de apoio à carta, foi publicada uma nota institucional, redigida em tom discreto e assinada apenas pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O texto não menciona diretamente os Estados Unidos e tampouco expressa apoio coletivo da Corte.
Tentativa de gesto simbólico no jantar de Lula
Na sequência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu um jantar no Palácio da Alvorada, na noite de quinta-feira (31), com o objetivo de criar uma imagem de unidade entre os Três Poderes, semelhante àquela registrada após os ataques de 8 de janeiro de 2023.
A ideia era reunir Lula e os 11 ministros do STF de mãos dadas, em defesa da “soberania do Brasil“, slogan de campanha publicitária do Planalto. No entanto, o gesto também não teve adesão plena.
Compareceram ao jantar apenas seis ministros do STF — Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso.
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