25-10-2025
Há dois meses, o Exército americano vem reunindo uma força de navios de guerra, caças, bombardeiros, fuzileiros navais, drones e aviões espiões no Mar do Caribe. Trata-se do maior destacamento militar para a região em décadas.
Aviões bombardeiros de longo alcance, B-52, realizaram "demonstrações de ataques com bombardeiros" na costa da Venezuela. Donald Trump também autorizou operações da CIA na Venezuela, à medida que as tensões aumentam.
Os EUA afirmam ter matado dezenas de pessoas em ataques a pequenas embarcações venezuelanas que, segundo eles, transportam "narcóticos" e "narcoterroristas", sem fornecer provas ou detalhes sobre as pessoas a bordo.
Os ataques foram condenados na região e especialistas questionaram sua legalidade. Os EUA os vendem como uma guerra contra o narcotráfico, mas todos os sinais sugerem que se trata, na verdade, de uma campanha de intimidação que busca remover o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, do poder.
"Trata-se de uma mudança de regime. Provavelmente não vão invadir, a esperança é que se trate de uma sinalização", afirma Christopher Sabatini, pesquisador sênior para a América Latina no think tank Chatham House.
Ele argumenta que o aumento de efetivo militar é uma demonstração de força com o objetivo de "incutir medo" nos militares venezuelanos e no círculo íntimo de Maduro, para que se voltem contra ele.
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