30-07-2024
De uma recontagem dos votos até os temores de fraude, a comunidade internacional reagiu rapidamente à questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro, que contra-atacou ao retirar o corpo diplomático da Venezuela da Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Os sete países latino-americanos, ao lado do Equador e Paraguai, consideraram "indispensável" que existam "garantias de que os resultados eleitorais respeitarão plenamente a vontade popular expressada pelo povo venezuelano nas urnas", em um comunicado conjunto.
Após o anúncio da autoridade eleitoral venezuelana, que declarou a vitória de Maduro com 51% dos votos, contra 44% de Edmundo González Urrutia, representante da carismática líder opositora María Corina Machado, uma onda de descrédito se propagou por vários países - inclusive a ONU -, que pediram um escrutínio dos votos.
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela considerou que a posição dos sete governos "atenta contra a soberania nacional" e decidiu expulsar os seus representantes diplomáticos credenciados em Caracas.
Os governos dos sete países responderam ao anúncio venezuelano:
- Panamá -
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, anunciou a retirada de seus diplomatas da Venezuela e colocou as relações com Caracas "em suspenso" até uma "revisão completa das atas e do sistema informático de contagem dos votos que permitam conhecer a genuína vontade popular".
Os países não têm embaixadores. A relação bilateral é mantida com encarregados de negócios.
- Chile -
"É algo típico de regimes ditatoriais", afirmou o chanceler chileno, Alberto Van Klaveren, ao canal CNN Chile, ao ser questionado sobre a decisão de Maduro.
"Não tenho recordação de uma medida destas características e o que revela é o isolamento do governo venezuelano", acrescentou o diplomata.
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