05-08-2024
A autoridade eleitoral da Venezuela tem até esta segunda-feira (5) para apresentar as atas de votação da contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro à Suprema Corte, a quem o mandatário de esquerda pediu para "certificar" as eleições.
Estas são as atas que a oposição e parte da comunidade internacional têm exigido desde a proclamação de Maduro como vencedor das eleições de 28 de julho.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ratificou Maduro reeleito com 52% dos votos, contra 43% do candidato opositor Edmundo González Urrutia, representante da líder Maria Corina Machado, que foi inabilitada.
A oposição denunciou fraude e afirma ter provas para demonstrar que González foi o vencedor.
O CNE não publicou detalhes do resultado das eleições de 28 de julho: seu site está fora do ar desde então, como parte do que alegou ter sido um "ataque em massa" ao seu sistema, uma justificativa que especialistas desconsideram.
A Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) solicitou na sexta-feira passada ao CNE as "atas de apuração das mesas eleitorais em nível nacional" e a "ata de totalização definitiva", bem como as de atribuição da vitória a Maduro e a proclamação. Foi dado um prazo de três dias que incluía o fim de semana e termina nesta segunda-feira.
Maduro pediu ao tribunal máximo do país que "certifique" a eleição diante do que chamou de tentativa de golpe de Estado, diante da pressão interna e externa por uma apuração transparente. "Existe um Tribunal Supremo e esse tribunal terá a palavra final sobre um processo sob um ataque nunca antes visto", disse o mandatário.
Questionado pela AFP, o CNE não confirmou nenhum movimento para entregar os documentos.
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